
O CIOT é um documento exigido a cada operação de transporte, isto é, a cada frete realizado por autônomos ou pessoas jurídicas com até três caminhões. Os números servem para ter uma base da adesão dos motoristas ao cartão-frete. A meta da ANTT com a intensificação da operação é chegar a 60 mil CIOTs gerados ao dia. De acordo com dados do Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (RNTRC), o número de autônomos registrados chega a 583.865, com 788.984 veículos ao todo.
Um grupo de negociação foi criado após a greve deste ano e tem se reunido em Brasília, unindo representantes dos caminhoneiros, da ANTT, do Ministério dos Transportes, do Ministério do Trabalho, da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Eles têm debatido temas controversos que surgiram desde a regulamentação da profissão de motorista e da extinção da carta-frete, entre outras mudanças.
Entre as principais reivindicações dos caminhoneiros está o fato de que grandes transportadoras não necessitam gerar os CIOTs, o que burocratiza a rotina de trabalho e consequentemente a contratação dos autônomos. De acordo com Norival Almeida, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (SINDICAM-SP), que participa das reuniões, até o dia 11 de setembro serão anunciadas mudanças, fruto das discussões com o governo. “Se o CIOT existe, deve ser para todos”, defende Almeida.
Para a diretora de produtos comerciais da Visa Brasil, Karen Ferreira, a principal barreira do cartão-frete é cultural. “É um grupo muito espalhado, um universo muito grande. O cartão atende as necessidades do mercado, os diferentes usos, dá a possibilidade de crédito ou uso para pagamento de pedágio ou diesel, por exemplo. O nosso trabalho é de tentar levar a informação e reforçar a importância do término da carta-frete”, explica.
Fonte: Transporte & Logística
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