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Ao longo de 2012, os profissionais da estrada ouviram falar bastante do diesel S-50, combustível necessário para que os caminhões com tecnologia de motor Euro 5 atenderem ao Proconve P7 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que entrou em vigor desde 01 de janeiro de 2012. No entanto, ao completar um ano o produto - considerado menos poluente que os combustíveis presentes até então no mercado - já não está disponível para compra.
Conforme previa a legislação, desde janeiro deste ano os carreteiros que circulam com caminhões novos ou optaram por um combustível mais "amigo" do meio ambiente passaram a abastecer com o diesel S-10. Isso porque o produto anterior estava apenas atendendo a um período de adaptação do mercado, que começava a receber os veículos com novas tecnologias (que não podiam ser abastecidos com o combustível mais poluente).
De acordo com os órgãos que regulamentam o setor, embora o S-50 seja menos poluente que os outros produtos ofertados nos postos (S-500 e S-1800), o S-10 é ainda melhor para reduzir as emissões. De acordo com a Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), a letra S vem de enxofre, e o número (10, neste caso) sinaliza a quantidade desse elemento no combustível. Ou seja, o diesel S-10 contém 10 (ppm) partes por milhão de enxofre e isso faz com que o produto seja o mais indicado para reduzir a emissão de gases poluentes pelos veículos a diesel. Além disso, o S-10 promete uma melhor partida a frio, redução da fumaça, diminui o desgaste do motor, aumenta os intervalos de troca do lubrificante e melhora o desempenho dos motores.
Quanto à distribuição, as empresas do setor afirmam que o carreteiro pode ficar tranquilo. "Atualmente mais de 1.800 postos de nossa rede comercializam o novo produto", destaca a Ipiranga. "Temos mais de 2.700 postos vendendo o diesel S-10, em todo o País", garante a BR Distribuidora. "São aproximadamente 1.500 postos comercializando este combustível e a expectativa é que o número de estabelecimentos dobre até o final de 2013", afirma a Raízen, responsável pela Rede Shell.
A Fecombustíveis concorda. "Até o momento, a oferta tem sido considerada adequada, com exceção de problemas pontuais de abastecimento ligados ao esgotamento da infraestrutura. Mas não são problemas com o diesel, pois podem ser observados no fornecimento de outros produtos, como a gasolina", garante Ricardo Hashimoto, diretor de Postos de Rodovias da entidade.
Mesmo sem uma pesquisa que indique como tem sido a aceitação do produto no mercado, as distribuidoras de combustíveis afirmam que a procura é crescente. "A nossa percepção é baseada no crescimento contínuo das vendas", diz a Ipiranga. Já a BR Distribuidora destaca que é "possível observar a satisfação dos consumidores por meio da crescente demanda, pois a cada mês cresce seu percentual de vendas sobre a comercialização total". Na Shell, a percepção também é de crescimento. "A demanda por S-10 segue subindo rapidamente, tanto pela renovação da frota com os motores Euro V quanto pelo uso do novo produto por veículos mais antigos", argumenta Luiz Janela, gerente de marketing B2B e tecnologia de combustíveis da Raízen. Em relação ao preço, a Fecombustíveis, diz que o novo diesel é, em média, entre R$ 0,10 e R$ 0,12 mais caro que o diesel S-500.
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sexta-feira, 29 de março de 2013
Diesel mais puro nas bombas
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