Em busca de mais espaço

Em 2012, pela primeira vez desde o seu lançamento, a linha VM atingiu participação de 10% nas vendas em seu segmento Com vendas de caminhões em alta no Brasil e na América do Sul, o Grupo Volvo se prepara para ocupar mais espaço em todos os mercados da região, com destaque para o Brasil, onde planeja ter mais uma de suas marcas disputando a preferência dos transportadores de carga Texto João Geraldo

Líder em vendas de caminhões pesados no mercado brasileiro em 2011 e 2012, a Volvo do Brasil está ampliando sua atuação no continente sul-americano. Os planos da companhia incluem o crescimento da fábrica (em Curitiba/PR), da rede de concessionários no País e a integração das demais marcas do Grupo na América do Sul (Renault Trucks, Mack e UD), que culminará com o lançamento de uma segunda marca de caminhões no mercado brasileiro. Novo FH, que está sendo lançado na Europa, também virá para o mercado brasileiro, já o Mack, também do Grupo Volvo, é mais adequado a outros mercados Roger Alm, presidente do Grupo Volvo na América Latina, destacou que a economia não cresceu no ano passado, mas o desempenho da Volvo foi constante e encerrou 2012 com 27% de participação no mercado brasileiro. "Apesar da economia mais fraca do que o esperado e também o efeito Euro 5, foram emplacadas 15.878 unidades no Brasil e nossa participação no País cresceu de 17,1% em 2011 para 18,2% até o final do ano passado", disse o executivo, destacando a liderança no segmento de caminhões pesados com 27% de participação. "No geral foi um ano forte para o Grupo Volvo, pois entregamos 19.164 unidades na América Latina e em 2013 vamos continuar trabalhando para integrar nossas marcas", acrescentou Alm, que destacou também o crescimento das vendas da linha VM (semipesado produzido no Brasil com cabine Renault) que atingiu 10,1% de participação no mercado doméstico, com o emplacamento de 4.643 unidades. Trata-se de um volume inédito para o modelo, que superou pela primeira vez a casa dos 10% de participação, desde o seu lançamento ocorrido no segundo semestre de 2003. Para Bernardo Fedalto, diretor de vendas e marketing para o Brasil, a grande aceitação dos caminhões Volvo pelo mercado se deve ao trabalho da empresa em produzir veículos robustos e com baixo consumo de combustível, atributos que asseguram maior rentabilidade para os transportadores. "Somos líderes no fornecimento de tecnologias e soluções que visam aumentar a produtividade dos transportadores, como a transmissão I-Shift, presente em 93% dos caminhões FH vendidos no Brasil", afirmou Sérgio Gomes, diretor de estratégia e desenvolvimento de negócios na América Latina. Ainda em relação às ações da empresa no Brasil, Alm anunciou a ampliação da rede de concessionários, com abertura de 10 unidades este ano, passando para 96 casas no País. Ainda de acordo com Fedalto, o Grupo Volvo tem 32% de participação no mercado Venezuelano com a marca Mack; 20% no Chile, com caminhões Volvo, Renault e Mack somados, e 10% na Argentina com as marcas Volvo e Mack juntas. No total, o Grupo comercializou 23.586 caminhões acima de 14 toneladas de PBT no mercado latino-americano. No mundo, de acordo com os números divulgados, em 2011 o Grupo entregou 322.633 unidades acima de 14 toneladas, sendo 224.017 da marca Volvo; 52.172 Renault; 25.077 Mack, 21.348 UD e 19 unidades da marca Eicher. Renault Maxity é direcionado à distribuição em centros urbanos, uma faixa de caminhão na qual a Volvo ainda não participa no Brasil Em relação ao lançamento de nova marca no Brasil, Roger Alm reafirmou que acontecerá e que ainda não está decidido qual. "Ainda não temos nada definido sobre a nova marca que traremos ao Brasil, porque temos de concluir nossas pesquisas. Assim que tivermos uma definição o mercado será informado", justificou, referindo-se à necessidade de saber qual o produto adequado para o mercado brasileiro. Outro ponto destacado pelo presidente do Grupo Volvo na América Latina é o novo FH, com nova cabine, que também virá para o Brasil, conforme anunciou o executivo. "Há um trabalho de integração para produzirmos este produto no Brasil", adiantou. Em fase de lançamento na Europa, e com motorização preparada para atender a norma de emissões Euro 6 prevista para entrar em vigor no continente em 2014, há expectativa da nova geração ser apresentada na Fenatran deste ano, a ser realizada em outubro no Pavilhão de Exposições do Anhembi/SP. Japonês e Indiano Pouco conhecidas no mercado brasileiro, a marca de caminhões UD é originalmente a Nissan Diesel, que por mais de 70 anos desenvolveu e comercializou veículos médios e pesados, ônibus e chassis de ônibus, além de motores, componentes e veículos especiais. Tornou-se parte do Grupo Volvo em 2007 e em fevereiro de 2010 teve o nome mudado para UD Trucks e tem importância estratégica para o grupo sueco na Ásia. Na foto abaixo um representante da linha Quon A Eicher, por sua vez, começou a produzir caminhões em 1986, na fábrica de Pithampur (Índia) e atualmente a Eicher Trucks and Buses tem ampla gama de veículos. Com seus produtos mais focados em mercados do Sul e Sudeste da Ásia, Oriente Médio e África, metade da ETB tornou-se parte do Grupo Volvo em 2008 e seus produtos são direcionados a mercados em desenvolvimento, daí a presença em alguns países da América do Sul. Fonte O Carreteiro