Péssima condição das estradas aumenta problemas da safra

Com 30% da área de 4.000 hectares colhida, Jacinto contabilizou uma perda de 5% em razão do excesso de umidade provocado pelo atraso na colheita. A situação da lavoura não é pior graças a um contrato de transporte negociado antes da safra.
"A exclusividade para uso de 30 caminhões tem me ajudado a tirar a soja da lavoura, mas mesmo assim a transportadora está com problemas para manter esses caminhões. O custo de R$ 45 por tonelada já foi a R$ 75 e isso vai afetar parte do lucro da operação", diz. A margem final já foi afetada em 20%.
As previsões não são das melhores já que a falta de estradas, de terminais e de portos reduz a cadência do transporte rodoviário. Segundo a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), os motoristas que fazem a rota Centro-Oeste/Santos estão levando nove dias para completar a viagem. O trajeto de 2.200 quilômetros deveria ser feito em seis dias.
Na Baixada Santista, os carreteiros não têm conseguido alcançar os terminais, o que provoca filas gigantescas na rodovia Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera- Guarujá). Os problemas também podem ser vistos em Alto Araguaia (MT), onde a operadora ferroviária ALL recebe a soja de Mato Grosso. A ALL diz que elevou a capacidade de recebimento de caminhões de 280 para 1.400 por dia.
Além disso, sem transporte, as regiões produtoras começam a ter problemas de armazenagem.
Da Folha de S. Paulo
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