Translate

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ajuste de tráfego nas BRs pode atrair investidores

                         
Potencias interessados nas concessões estão otimistas

Potenciais interessados nas concessões dizem que os cálculos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que levam em conta um crescimento anual na faixa dos 3,5% durante todo o período da concessão, que é de 30 anos, são excessivamente otimistas. Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresceu 2,7%. Em 2012, só 0,9%. Para 2013, o governo projeta 2,5%.

Ao reduzir as estimativas de tráfego, o governo tenta dar um tratamento mais realista aos dados, em linha com o que vem sendo solicitado por investidores e empresas. A consequência prática da alteração pode ser um aumento na taxa interna de retorno, como ocorreu na última vez que o governo mudou os cálculos de tráfego, mas essa opção ainda não foi colocada sobre a mesa.

A intenção da equipe de Dilma Rousseff é tornar a previsão de tráfego mais realista e avaliar como equacionar isso com maior rentabilidade para investidores e pedágio mais barato, mas ainda não há decisão de como isso será feito.

Projeções infladas de aumento do uso das rodovias levam a estimativas de receita que não se concretizam, daí a preocupação das empresas. Todos os cálculos que dizem se a concessão é ou não sustentável dependem principalmente dessa premissa.

O caso mais grave, pelas conversas entre governo e empresas na semana passada, na esteira do fracasso do leilão da BR-262 em Espírito Santo e Minas Gerais, ocorre no trecho da BR-163 em Mato Grosso do Sul. Além de se basear num desempenho econômico melhor que o dos últimos anos, os estudos para essa rodovia têm outro agravante: subestimam o fato de que o tráfego de caminhões, hoje intenso por ela ser o principal canal de escoamento de grãos do Centro-Oeste aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), pode não crescer tanto porque surgirão alternativas.


FONTE: O Estado de São Paulo - SP


Nenhum comentário:

Postar um comentário