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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Iveco trabalha em novo plano de investimento no Brasil


Na expectativa de uma reação do mercado de caminhões nos próximos meses, a Iveco está preparando um novo ciclo de investimentos no país, que deve ser anunciado no fim deste ano, ou nos primeiros meses de 2013.
A empresa está encerrando um programa que, desde 2007, direcionou investimentos de R$ 570 milhões para suas operações brasileiras. No período, a empresa triplicou a capacidade produtiva de caminhões semipesados e pesados na fábrica de Sete Lagoas (MG) – onde também instalou uma linha de veículos militares blindados, prestes a ser inaugurada. Junto a isso, fez uma grande renovação no portfólio de produtos, incluindo a adaptação dos caminhões para a nova legislação de emissões – um trabalho que a montadora classifica como seu maior projeto de desenvolvimento fora da Europa.
No próximo ciclo de investimentos – de duração ainda não divulgada, o objetivo maior será a adequação das linhas para a nova geração de veículos, adiantou o presidente da Iveco na América Latina, Marco Mazzu.
Desde janeiro, as vendas de caminhões recuam 17,4% e a Iveco acredita que o mercado deve fechar o ano registrando queda próxima a 20%. Por outro lado, a empresa tem uma visão positiva sobre o futuro e diz que o Brasil ainda mostra perspectiva de crescimento.
Para justificar isso são citados os investimentos a serem realizados em infraestrutura e a urgente necessidade de reduzir a idade média da frota, além das oportunidades que virão com a exploração de petróleo na camada do pré-sal, junto com a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Mas também existem elementos de impacto mais imediato, como as medidas do governo para reanimar o setor – caso das compras públicas de caminhões e a redução dos juros nos financiamentos de bens de capital. Paralelamente,a resistência à linha de caminhões menos poluentes tende a ceder à medida em que as transportadoras se mostrarem mais confiantes com a distribuição do diesel de baixo teor de enxofre, utilizado por esses veículos.
“Tenho impressão de que há sinais de retomada. Mas isso vai acontecer de forma gradual e será percebida aos poucos”, disse Mazzu, durante o lançamento na capital paulista da nova linha de caminhões extrapesados, segmento no qual a montadora quer ampliar sua participação dos atuais 11% para 15% nos próximos três meses.
O diretor comercial da marca, Alcides Cavalcanti, disse que o nível de consultas e fechamento de negócios já se mostra melhor em relação ao deprimido cenário do primeiro semestre – um período marcado por paradas de produção e férias coletivas nas grandes fábricas de caminhões.
Mazzu aposta que a indústria entrará em 2013 com “velocidade retomada”, abrindo espaço para uma retomada nos anos seguintes do volume recorde registrado no ano passado, quando 172,6 mil caminhões foram emplacados no Brasil.
Fonte: Valor Online

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